AVC
1)O que é o AVC?
AVC é uma sigla que significa Acidente Vascular Cerebral e serve para designar várias doenças diferentes que acometem o cérebro e que tem em comum sua origem em alguma anormalidade dos vasos cerebrais. É a segunda causa de morbi-mortalidade no mundo, acometendo uma em cada seis pessoas.
2) Quais seriam essas doenças?
Existem várias classificações, a mais comum é a seguinte:
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AVC isquêmico (AVCi): quando há morte de tecido cerebral causado por uma obstrução no suprimento sanguíneo para o cérebro. Também é conhecido por infarto ou isquemia cerebral;
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AVC hemorrágico (AVCh): quando há o rompimento de uma vaso intracraniano e consequente extravasamento de sangue, causando destruição de parte do tecido cerebral.
Em geral, quanto mais extensa é a área lesada e mais nobre era a função cerebral daquelas estruturas, mais grave é o quadro.
3) Como se diagnostica um AVC?
Através do exame clínico e de exames de imagem como uma tomografia ou ressonância magnética. Um eletroencefalograma não serve para diagnosticar a ocorrência de um AVC
4) É possível se tratar um AVC?
Sim, desde que o paciente seja imediatamente levado para um hospital. Atualmente é possível remover o coágulo que causa o AVC com medicações na veia – até 4h30minutos após o início do quadro – ou com o uso de radiologia intervencionista – até 6h do início do quadro. Mesmo que o paciente não consiga chegar a tempo no hospital, pode-se instituir medidas com grande impacto na sobrevida e nível de sequelas dos pacientes. Portanto o tratamento com um especialista é fundamental e poderá fazer a diferença no desfecho de longo prazo.
5) É possível se prevenir um AVC?
Sim, e com certeza esse é o aspecto mais importante do problema. Pode-se reduzir muito o risco de um AVC controlando-se a pressão alta, a diabetes, o colesterol alto, evitando-se o sedentarismo e o tabagismo. Naqueles pacientes que tiveram um AVC, é muito importante se identificar adequadamente qual foi a sua causa, o que é feito através de exames complementares que avaliam os vasos do pescoço e intracranianos, o ritmo e a anatomia do coração, entre outros.
Somente identificando-se exatamente a causa de um primeiro AVC temos condição de individualizar o tratamento, minimizando os riscos de um novo e indesejável evento.